segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

“Supere isso e, se não puder superar, supere ao menos o vício de falar a respeito”.


Nunca gostei de lamurias... A vida é assim mesmo! Cheia de altos e baixos. Às vezes com mais baixos do que queríamos, mas, ainda assim tudo é válido! Tudo é experiência! Tudo é aprendizado!
Seria muito bom que os ensaios pudessem antepor nossas vidas. Que pudéssemos ter o poder de editarmos cada situação difícil; de “deletarmos” tudo o que foi ruim; ou de adivinharmos o futuro. Mas, Deus nos fez assim, passíveis de erros e acertos, o que nos torna humanos!

Encerramos um ciclo hoje e outro começara amanhã!  Já está na hora de virar o disco e olhar para frente! Afinal a vida é muito linda para deixar de ser vivida! Feliz 2013!

 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Na política não existe amizades, existe conveniências.

Ingênuos são os que pensam que existe amizade sincera no mundo da política. Logicamente toda a regra tem lá suas exceções, mas ainda assim, os últimos acontecimentos acabaram por me convencer, se ainda tivesse dúvidas, de que, em política, os valores agregados à amizade ocupam o terceiro plano. No geral, ninguém é verdadeiramente amigo de  ninguém, a não ser que lhe convenha.
A amizade no meio político é sempre circunstancial e temporária, motivada por interesses, ou seja, funciona como um cata-vento, mudando de direção conforme as correntes de ar. E para tal tudo é válido, incluindo a mentira, a falsidade, a deslealdade, a traição. Os amigos são temporários, descartáveis, se já não são convenientes.
Para constatarmos este feito, basta tão somente olhar para os lados! Não se admire ao deparar com alguém falando mal de quem sempre apoiou, defendeu ao ponto de colocar em risco amizades verdadeiras, relacionamentos familiares e até profissionais. Certamente ele deve ter sido substituído por outro mais útil!
O fato é que a atmosfera do poder, se não torna a amizade impossível, por certo cria climas muito desagradáveis. Amigos exigem muito (atenção, consideração, compreensão) e tais expectativas são perfeitamente justas e adequadas, no contexto social, mas no contexto política que, em sua lógica própria não as reconhece, tornam-se politicamente onerosas.
Por estas razões, amigos de quem detém o poder estão sempre "à beira da decepção", sempre na iminência do rompimento da amizade.
É que na lógica da política, após uma eleição, o gestor público, passa a ser o governante de todos: dos que o apoiaram e dos que se opuseram. Com essa autoridade, pode convidar ex-adversários para integrar sua administração. Afinal, a adesão de um adversário sempre significa um enfraquecimento do bloco de oposição, senão quantitativo, por certo qualitativo. Aos olhos do povo, o apoio de um adversário, valerá muito mais do que o mesmo apoio de um aliado fiel.
Sem contar que os novos amigos serão infinitamente mais pacientes e compreensivos que os antigos amigos. Diferentemente destes, os inimigos não podem se dar ao luxo de ficar “à beira da decepção”.
Concluindo no mundo da política, inimigos são mais úteis que os amigos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

“Chegado” - O encarregado do jeitinho brasileiro.


Quem nunca ouviu falar do indivíduo? Ou melhor, quem não tem um “Chegado”?! Ora, o Chegado é o “herói” das massas e é encontrado em todas as repartições, sejam públicas e privadas, sem distinção! Temos o Chegado que tira multas, tem o Chegado que passa processos à frente, tem o Chegado que vota favorável, tem o Chegado que agenda a consulta na frente, tem o Chegado que arruma vagas nas escolas, enfim, para todo o tipo de maracutaia, mesmos as mais inocentes (se é que isto seja possível),  existe um Chegado para fazer o serviço.
A prática é comum e acontece nas melhores famílias. Ora, você mesmo que está lendo essa crônica se puxar bem pela memória, poderá constatar que algum dia em sua vida apelou a um “Chegado”! É que ás vezes ele usa alguns codinomes como: Conhecido, Contato, Influente.
Quando acionamos o camaradinha, certamente é porque queremos algo que foge aos métodos convencionais, normalmente morosos, enfadonhos. Ora, o Chegado tem lá seus meios (o que também não me interessa. Problema dele uai!) de conseguir mais rápido, com 100% de garantia de sucesso e sem nenhum esforço meu (um telefonema, um email, e até uma piscadela já é suficiente para o Chegado captar a mensagem).
O problema de tudo isto é que o Chegado também tem um “Chegado”, que também tem um Chegado, até chegarmos ao “Chegado-mor”, aquele que mantém a cadeia, que dá as ordens, que delega poderes, que manda e desmanda. E nós o criticamos pelos seus atos escusos, apontamos o dedo, sem darmos conta de que ao ligarmos para o primeiro Chegado da cadeia acionamos a máquina da corrupção e juntos aos demais colocamos o dedo no gatilho!
Pior que condenar os atos dos corruptos é ser hipócrita, não limpar as próprias janelas! Quer mudar o mundo, que tal então começar por si mesmo!

sábado, 8 de dezembro de 2012

"Velha patusca, gorda e cheia de varizes" ! Será que você também é uma?

Entendo como sendo pior lidar com o Machismo Feminino que com o machismo feminino. Há mulheres que infelizmente depreciam a imagem da mulher e são contrárias a qualquer movimento intitulado como femininimo. Seja em família, na roda de amigos, em comentários que fazem a respeito de determinadas situações ou até mesmo quando evidenciam um certo desprezo pelas lutas que poderiam fazer valer muitos direitos a elas e a todas nós, pois muitas delas acham que o feminismo é uma luta ultrapassada, ou coisa de quem não tem o que fazerLi uma  crônica  da colunista Cynara Menezes muito interessante que  retrata muito bem esta cituação:
                                                     A mulher Machista
O escritor Nelson Rodrigues tinha uma vizinha velha, gorda, patusca e cheia de varizes que era a maior inimiga da revolução feminista. À janela ou sentada em sua cadeira dobrável na calçada, cismava com as jovens mulheres em mutação. A dona-de-casa que arranjava emprego fora? Imoral. A mocinha que ia à praia pela primeira vez com um maiô duas peças? Indecente. A odalisca que mostrava o umbigo no carnaval? Ah, essa aí então é melhor nem comentar.
Pois eu pensava que a vizinha gorda e cheia de varizes do Nelson Rodrigues tinha morrido. Que nada! Um outro vizinho do anjo pornográfico, também jornalista, achou que a patusca levava jeito para as letras. E não é que a velha virou colunista de jornal? Entusiasmada com a vida nova, deu uma guaribada no visual, esticou a cara e fez lipoaspiração. Parou até de andar com as pernas envoltas em gaze para disfarçar as veias inchadas, corrigidas na mesa de cirurgia.
A vizinha de Nelson, porém, continua cheia de varizes –na alma. A chegada de uma mulher à presidência da República deixou-a furibunda. “Que espeto!” Segundo ela, todo mundo está careca de saber que a mulher pode até ser igual ao homem em algumas profissões, mas jamais na vida pública. Homens são profissionais da política; mulheres são amadoras, diz a vizinha patusca. A mulher por natureza é frágil, e sempre vai precisar do auxílio do homem, vaticina a velha gorda e varicosa. Além do mais, considerou que não havia nenhum sentido em celebrações. “Como assim primeira mulher no comando? Esqueceram da Princesa Isabel?”
Cada ministra escolhida pela presidenta mereceu um muxoxo da vizinha de Nelson Rodrigues. Miriam Belchior? “Machona que nem a Dilma”. Maria do Rosário? “Falta pulso”. Luiza Bairros? “Só foi escolhida porque é negra”. Iriny Lopes? “Irrelevante”. Ana de Hollanda? “Ah, se não fosse irmã de Chico…” Gleisi Hoffmann? “Bonita, parece uma normalista. Ou a Barbie”. Ideli Salvatti? “Histérica e descompensada”. E para que, afinal, colocar tanta mulher no ministério, se homens são infinitamente melhor preparados? “Até por ser uma representante legítima do gênero”, disfarçou a matrona, “torço para que dê certo, mas acreditar, eu não acredito”.
A vizinha gorda e cheia de varizes de Nelson Rodrigues não quer nem saber do que aconteceu no Chile, onde a presidente Michelle Bachelet governou o país com metade dos ministros do sexo feminino, além de 15 subsecretárias de Estado mulheres. Bachelet terminou seu mandato com 70% da aprovação dos chilenos e só não foi reeleita porque não existe reeleição por lá. “Mas não fez o sucessor”, desdenha a patusca. Bem a propósito, a única similar chilena da velha gorda e cheia de varizes de Nelson veio para o Brasil para se casar com um político da elite paulista.
A velha patusca também não é mais viúva. Casou-se com um colega de jornal, colunista que nem ela, o Políbio Pompeu, senhor de sobrancelhas ásperas e eriçadas como as cerdas bravas do javali e que cultiva um enorme cravo negro nas dobras do pescoço. Pompeu adora dizer, a propósito da presidenta, que “as mulheres descasadas são seres infelizes”, ao que a vizinha gorda e cheia de varizes de Nelson Rodrigues bate na perna, dá uma gargalhada e comenta: “Batata!”
A vizinha de Nelson passou pelo feminismo, mas entendeu tudo errado. Deixou de cuidar da casa, entregou os filhos a uma babá e se orgulha de não saber fritar um ovo. Mas, embora trabalhe no mesmo jornal e praticamente na mesma função que Políbio, seu salário é 20% menor do que o marido, o que ambos consideram perfeitamente natural. A velha patusca, gorda e cheia de varizes acha que o homem merece mesmo ganhar melhor do que a mulher, porque é mais racional e menos emotivo. Sem falar que não tem TPM.