sábado, 1 de março de 2014

“Protocolo de Manchester” – haja paciência!

O sistema de triagem denominado protocolo de Manchester é uma metodologia científica que confere classificação de risco para os pacientes que buscam atendimento em uma unidade de pronto atendimento. O objetivo é ordenar o atendimento quanto à emergência. Desta forma, de acordo com a gravidade, o paciente saberá o tempo de espera para o seu atendimento. O sistema afere o atendimento em até cinco cores, sendo vermelho para atendimento emergente, com risco eminente de morte a exemplo de estado de coma, queimaduras graves, parada cardiorrespiratória; a cor laranja, sendo muito urgente, definido em casos como dor torácica intensa, arritmias cardíacas e hemorragias; a cor amarela, sendo urgente, em casos que não constate risco de morte, mas precisam de atendimento prioritário, a exemplos de pessoas com febre alta e alterações dos sinais vitais; a cor verde, para casos com pouca urgência, que podem aguardar pelo atendimento, como vômitos e diarreia sem sinais de desidratação; e a cor azul, sendo usada para casos simples, sem necessidade de urgência alguma, e que podem ser atendidos em consultório médico.

O que determina a “cor do problema” é um pré-atendimento normalmente realizado pelo serviço de enfermagem de acordo com seus sintomas/queixas. Porém, nem sempre este pré-atendimento é imediato, o que aumenta consideravelmente o tempo de espera.

Recentemente estive com meu filho no PA de João Monlevade e pude constatar esta situação bem de perto. Várias pessoas aguardavam há horas pela avaliação preliminar. E os próprios funcionários ao verem que algumas situações necessitavam de atendimento imediato se viam obrigados a encaminhar os pacientes para o atendimento sem a triagem.

É sabido que várias instituições de saúde Brasil a fora já utilizam o protocolo de Manchester; também é sabido que o sucesso deste dispositivo depende de profissionais habilitados por meio de treinamento, além de auditorias periódicas para avaliação do sistema de triagem.

Concluindo, temos ciência que o sistema de triagem no PA de João Monlevade é recente, mas é preciso que a Secretaria de Saúde esteja atenta à qualidade dos serviços, e se for o caso, aumente o número de profissionais para o atendimento na triagem, afinal, o que o paciente normalmente não tem quando procura por atendimento nas unidades de saúde é paciência!


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Leischmaneose: a culpa não é do cachorro, e sim da sujeira!



Infelizmente, a leishmaniose fez uma vítima fatal em Monlevade. Trata-se do soldado Carlos Peixoto Miranda da Polícia Militar de João Monlevade conhecido regionalmente pelo seu brilhante trabalho à frente do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) da Polícia Militar de João Monlevade. Um jovem rapaz, com uma vida interira pela frente foi derrubado por um “mosquitinho” insignificante quanto ao tamanho, mas devasso na transmissão da leishmaniose. É importante salientar que, antes que saiamos “atirando pedras nos cachorros”, principalmente nos de rua, que nos atentemos que o principal vilão da leishmaniose é o mosquito-palha ou asa branca como é popularmente conhecido; que devido a quantidade de mato instalado aos quatro cantos de João Monlevade tem encontrado ambiente propício para se proliferar. Na verdade, os cachorros domésticos e os de rua são tão vítimas quanto nós. Os meios para evitar a proliferação do mosquito-palha são bem parecidos com os métodos utilizados no combate ao mosquito da dengue. E a recomendação é manter casa e o quintal sempre limpos. Se houver galinheiro, chiqueiros ou canil deve-se mantê-los limpos e secos. As folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira devem ser recolhidos, porque acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito-palha. O lixo doméstico deve ser embalado corretamente e os moradores devem ficar atentos para não deixar juntar lixo nos terrenos baldios perto de suas casas. Em residências com cães, deve-se evitar que o animal durma dentro de casa — o ideal é mantê-lo sempre no quintal.
 Concluindo, é uma lástima a morte do soldado Carlos Peixoto Miranda e que sua morte sirva de alerta que: Sujeira mata!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Monlevade em “tons de cinza”!


(Foto: Serginho)
Véspera de natal e não consigo enxergar nas pessoas aquele sentimento eufórico típico da época. Quem nunca deparou com o termo “esquenta”, muito utilizado pela moçada para referir a aqueles momentos que antecedem a tão esperada festa; uma forma de chegar no “clima”; creio eu!
Pois bem, de certo, o céu de Monlevade anda meio cinzento, e ainda que a chuva venha corroborando, está faltando o “esquenta” para os Monlevadenses! Aliás, a única coisa que anda meio quente são os “ânimos”, diante aos inúmeros  problemas que o município vem apresentando!
Também, não é para menos, enquanto vários municípios se preparam para o natal ornamentando praças, ruas e avenidas, Monlevade segue na contra mão do clima natalino: cidade suja, esburacada, tímidas decorações natalinas nas residências (e nenhuma na cidade), vitrines sem vida e o que é pior um povo sem esperanças (e povo sem esperança, é povo sem vida). Tradicionalmente tínhamos ornamentações de natal, mas neste ano o cartão postal da cidade está sem brilho, sem luzes, sem o clima natalino.
 A sensação que se tem é que a chama do pavio está se esvaecendo... Fico a imaginar se pudéssemos converter a nossa imagem, buscar todas as cores da paleta para preencher cada pedaço que anda sem cor.  E o pior que de tempos em tempos nos é dado ferramentas para colorir o cenário, mas, ainda assim, optamos pelos tons de cinza!
Para quem é “temente a Deus”, cabe então buscar a “chama do natal” dentro da interiorização e das comemorações familiares, e acima de tudo, dobrar os joelhos no chão e orar por tempos melhores.  Porque nestas alturas do campeonato, Monlevade carece urgentemente de um milagre!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O que está ruim pode piorar!

O crescimento urbano desordenado (aliado aos baixos investimentos na fiscalização e prevenção) e as chuvas de verão geram consequências graves em João Monlevade, tais como enchentes, desmoronamentos, buracos nas pistas, dentre outros.
Não é de agora que nossa cidade revela a fragilidade na infraestrutura urbana e até mesmo o despreparo dos departamentos públicos na realização de reparos, buscando melhoria à população. Sai ano, entra ano contabilizamos prejuízos e ainda estamos muito longe de encontrarmos uma solução.
Muitas ruas nas partes altas no município foram asfaltadas num ato totalmente politiqueiro, sem nenhum investimento nas redes pluviais, por consequência, agravaram-se os problemas de alagamento nas partes baixas; provocando prejuízos aos comerciantes, caos no trânsito, dificultando a vida do cidadão.
Ao circular por alguns bairros (com ênfase no bairro Belmonte), é possível notar o descaso da administração municipal com relação aos matos e sujeiras, além da má manutenção das ruas e avenidas, tomadas de buracos. Sem contar que problemas relacionados aos estragos da chuva do verão passado ainda não foram solucionados, como por exemplo, a Avenida Contorno no bairro Vila tanque. Leia na reportagem do Ultima Notícia um ano atrás:  http://www.ultimanoticia.com.br/ultimanoticia/Portugues/detNoticia.php?cod=15620

O fato é que as chuvas não podem ser encaradas como um problema para João Monlevade, por ser um fenômeno natural. O que não pode ser visto com “naturalidade” é a negligência da administração publica com relação às medidas preventivas, comprometendo a saúde pública e a segurança da população monlevadense, sujeitando os moradores a um verdadeiro estado de calamidade pública.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Anúncio do Caos!

Foto Divulgação
Se o trânsito no centro de Monlevade é complicado em dias normais, imagina quando chove... Não sei de onde “brotam” tantos carros. Sem contar que os ônibus parecem concentrar-se todos no mesmo horário, formando uma fila gigantesca!
 Os congestionamentos limitam o direito de ir e vir, que está previsto na Constituição. Resultado: vivemos uma rotina cheia de restrições, pois o tráfego pelas ruas em várias partes do dia é quase inviável.
No final da tarde de hoje, dia 06/11, havia congestionamento ao longo de quase todas as vias que dão acesso às avenidas no centro de Carneirinhos. E nas avenidas, para variar, o trânsito não fluía!
Fico imaginando o que será do centro de Carneirinhos na véspera das festas de fim de ano! Um teste de resistência e paciência aos motoristas e pedestres que, são obrigados a travar uma “luta” na busca de passagem.
Para agravar a situação, o número da frota de carros em Monlevade vem aumentando consideravelmente, enquanto a engenharia de trânsito acompanha esta movimentação a passos lentos, à base da experimentação!
As horas ociosas no trânsito diminuem ou impossibilitam a participação em atividades físicas, de lazer e de descanso. Pesquisas apontam que as pessoas que passam longas horas ao volante ou mesmo em ônibus lotados tendem a apresentar queixas como dores lombares, no pescoço e ombros, além de dores de cabeça, nas pernas e pés. O repouso também é prejudicado pela tensão dos congestionamentos: a pessoa dorme menos porque ficou mais tempo presa no trânsito ou porque se tornou vítima de insônia.

O fato que ninguém esta aguentando o trânsito de Carneirinhos! Algo precisa ser feito urgentemente! 

Homem cai dentro de sepultura no Cemitério do Baú

Um senhor foi visitar o túmulo de sua mãe,
 no cemitério do Baú e acabou caindo dentro sepultura 
O dia de finados em João Monlevade poderia ter sido drástico para familiares de um senhor no bairro Vila Tanque. Segundo o relato de sua esposa, o mesmo teria se dirigido ao Cemitério do Baú, a fim de visitar o túmulo da mãe dele, e ao andar entre os jazigos, acabou caindo dentro de uma sepultura.
 Após o acidente, a vítima foi encaminhada ao Hospital Margarida com luxações nos braços: “Graças a Deus, não houve fraturas, porém, desde o ocorrido meu marido tem sentido fortes dores na coluna, além do constrangimento”, reclamou a esposa.

Ainda, segundo os familiares da vítima, ao buscar esclarecimentos junto à Secretaria de Obras foram informados que a conservação das lápides é de responsabilidade dos familiares, proprietários ou herdeiros de sepulturas dos cemitérios.  No entanto, não ficou esclarecido quem é o responsável em fiscalizar e enviar notificações para que sejam feitos os reparos nos jazigos.

Todos nós sabemos que os cemitérios são locais destinados á visita, principalmente em Dia de Finados. A por falta de manutenção nos túmulos é uma negligência grave, porque pode oferecer riscos à saúde dos visitantes. Imaginem se o acidente ocorrido tivesse acometido um idoso ou uma criança? É preciso que sejam tomadas providências urgentes como forma de evitar outros acidentes.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Nossa sociedade realmente se importa com o idoso?

Hipocrisia à parte, não é de hoje que observo o comportamento de nossa sociedade em relação ao idoso. Na verdade o problema começa no berço, no seio familiar, onde os idosos são, na grande maioria, colocados de lado, assim como um “eletrodoméstico” que teve sua vida útil, porém ficou fora de moda, ultrapassado, devendo ser encostado, ainda que funcione.
Deprecia-se, critica-se o idoso ao ponto dos mesmos se verem com um estorvo para sociedade. Muitos idosos buscam o isolamento nas casas de repouso por não se sentirem queridos no seio familiar e na sociedade.

Nas rodas de conversas, nunca há espaço para o idoso e ainda que alguém educadamente o convide para relatar suas experiências e opiniões é visível a falta de paciência entre os ouvintes, que saem um a um, sem ouvi-lo falar.

Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 1 milhão de pessoas cruzem a barreira dos 60 anos de idade por mês. Em 2050, deverão existir 2 bilhões de idosos, mais da metade deles vivendo em países como o Brasil. Porém, o que esperar de uma sociedade que vive a cultura do belo, em que a valorização recai sobre a juventude com sua potência e vigor?

O ECA (Estatuto das Crianças e dos Adolescentes) que a meu ver, mais serviu para proteger o jovem delinquente contra pais e professores, é muito mais cobrado que o Estatuto do Idoso, que completa 10 anos, tendo vários direitos somente no papel.
Por exemplo, a questão das filas e do transporte coletivo; a fila preferencial é a mais lenta, pois normalmente conta somente com um funcionário (e nem sempre o mais eficiente) para atender. No ônibus, faltam assentos e segurança para o transporte dos idosos.  Sem contar que, muitos idosos também utilizam da fila preferencial e a passagem gratuita nos coletivos, para pagarem contas de seus familiares e ou de empresários, que os usam como office-boys!

Enfim, o idoso passou a ter uma participação mais ativa na sociedade, mas a população não se preparou para lidar com a velhice. É preciso que a sociedade entenda que os idosos fazem parte da sociedade e têm o seu direito constitucional garantido, merecendo, por conseguinte respeito e valorização.