Como vem retratando o Jornal A Notícia, João Monlevade
parece ser uma terra sem lei. Onde tudo é permitido, obstrução de vias
públicas, carretas ao longo das avenidas, acomodação de entulhos e lixos e por
aí a fora vai.
Mas, não podemos nos esquecer dos “filhos da mãe” que
aproveitam das mazelas da nossa cidade para deixarem seus traços de destruição
e desordem.
No início do mês a AMA-JM em parceria com a Estância
Canteiro Verde levou ao Bosque do Ipê, no Bairro José de Alencar, quase 200
mudas de árvores nativas e frutíferas com o intuito de levar beleza, pássaros e
melhorar a recarga hídrica do entorno. O plantio foi realizado com a ajuda de
parceiros, dentre eles alguns vereadores, polícia de meio ambiente, escoteiros,
ambientalistas, dentre outros.
Porém um indivíduo, talvez
insatisfeito pelo mato deixado em volta do coveamento (que tinha como objetivo proteger
o solo dos raios solares e facilitar a penetração da água) tratou logo de atear
fogo e deixar o ambiente “limpo” do mato e das mudas.
Assim como o filho (a) da mãe do episódio Bosque do Ipê, vários
moradores das cidades têm o costume de atear fogo no lixo, restos de podas e
roçagem, em terrenos e espaços vazio com muito mato. Mesmo sendo nociva ao meio
ambiente a saúde e proibida por lei, essa prática é comum em João Monlevade. O
que estes indivíduos parecem não saber é que a fumaça gerada pela queima deste
material é tóxica, gerando um aumento considerado no atendimento dos postos de
saúde e hospitais, onde os principais afetados são crianças e idosos. Os
problemas mais comuns são os respiratórios e irritação nos olhos. Sem contar o
dano ambiental para a fauna e a flora, como no caso do Bosque do Ipê.
Para sanar ou pelo menos amenizar as queimadas feitas em
áreas urbanas, o Poder Público precisa realizar algumas ações preventivas. Como
a identificação antecipada dos locais propícios a queimar, notificando os
proprietários e dando prazo para limpeza, além também da correta manutenção espaços
vazios do Município.
Paralelamente cabe a sociedade fazer a sua parte denunciando
os vândalos que ateiam fogo, e comunicando o mais rápido possível a brigada de incêndio
e a Polícia, para que possam identificar e prender esses criminosos. A queimada
urbana é uma fonte de poluição evitável, por isso a educação ambiental é
fundamental nessa questão.
Para se colocar “ordem na casa” é preciso que todos os
elementos estejam dispostos a dar a sua contribuição.
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