sexta-feira, 26 de julho de 2013

O governo não está nem aí para as greves dos professores...

"Greve de professores não faz nem cócegas nos governadores e prefeitos"
Desde o mês de abril deste ano, a rede de ensino municipal se encontra em um impasse, de um lado o Governo Municipal, que tem se mostrado indiferente, se negando a acatar as propostas de reajuste salarial do magistério, do outro a tentativa do Sintramon em fazer valer a proposta de reposição da inflação – 6,77% – mais manutenção de benefícios conquistados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em audiência.

O que se percebe é que nenhum dos dois lados dá mostras de que vai ceder. E como sempre, no meio deste imbróglio, encontra-se a parte mais prejudicada: os alunos, que irremediavelmente, são obrigados a acatar as imposições das partes sem nenhuma contestação.

Falar sobre a precariedade da educação no nosso país é chover no molhado. E não adianta “fantasiarmos” que a situação será resolvida como um passe de mágica, porque não vai!

Desde que entendo por gente, acompanho a questão do magistério e a luta da classe por um lugar ao sol. Inclusive, já acompanhei paralelamente a situação das polícias, que embora ainda não tenham investimentos à altura da demanda, conseguiram do governo mais valorização que o magistério. O que reforça a tese de que segurança, saúde, lazer sempre virão à frente da educação. Não que estes setores sejam desprendidos de atenção, porém não se pode esquecer que sem estrutura educacional compatível, não há uma boa formação profissional. Até quando o professor vai investir na especialização, sem ser valorizado por isso?

Sinto pelos colegas professores que merecidamente reivindicam seus direitos, mas sinto muito mais pelo tempo perdido por estes alunos. Um tempo que não volta e poderá fazer muita falta daqui algum tempo, quando precisarem encarar um vestibular ou a concorrência no mercado de trabalho.
 

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