quinta-feira, 16 de maio de 2013

De que adianta jogar pérolas aos porcos?

De nada adiantaram os apelos e as manifestações de protestos, aprovaram as
contas do Moreira, que fiquem então com os seus "travesseiros"!
Pai, se você ganhar e fizer sujeira na Câmara eu fujo de casa”! Estas foram as palavras que um filho direcionou ao pai, quando o mesmo lançou sua candidatura. E não é para menos, aprendemos desde cedo que há dois caminhos que podemos seguir: o certo e o errado; e ambos trazem consequências para toda vida.

Acontece que algumas pessoas, quando eleitas, esquecem-se de cadeiras em defesa de seus princípios, já outras esquecem princípios em defesa de cadeiras.

Algumas até tentam se esconder dentro da prática deturpada do maquiavelismo (fins justificam os meios) para justificar atos censuráveis, sendo que o próprio fim já está corrompido: muitos dos nossos políticos mais tradicionais escolheram como causa final o ganho pessoal ou partidário, representado pela perpetuação do poder ou pelo favorecimento econômico.

O fato é que ainda que protestemos, vamos continuar assistindo ao velho esquema de lideranças, pautada pelo modelo arcaico, de política rasteira, nivelada por baixo. Se estas pessoas não respeitam as leis, quiça os apelos do povo.

Para mudar o que está, o mal deve ser cortado pela raiz.  É importante que alguém tenha a ousadia e a coragem de quebrar a lógica dominante. Precisa-se de uma nova gênese no meio político: pessoas que amam este país e este povo e que entendem que fazer política é uma profissão que pode ser desempenhada com lisura, com conhecimento social, com altruísmo.

Mas, o grande desafio é esta mudança. Não há como contestar que os políticos são a cara do povo, por mais que não gostemos de nos ver espelhados assim. Essa "cara” inclui a mentira e a corrupção. A atitude de nossos políticos reflete a falta de espírito ou interesse público da população. No hábito arraigado de "tirar vantagem em tudo", de se deixar corromper pela troca de um favor ou de um privilégio.

Neste círculo historicamente vicioso, sinceramente, fica muito difícil enxergar uma luz no fim do túnel.

 

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