Em 2012, ano que marca o aniversário dos 80 anos do direito de voto feminino no Brasil mais mulheres foram eleitas prefeitas no 1º turno. Foram 672 candidatas eleitas - um aumento de 33% na comparação com a eleição de 2008. No 1º turno das eleições daquele ano, foram eleitas 504 prefeitas, perfazendo 9,12% do total de candidatos às prefeituras no país. Na proporcional também ouve avanços, 7.648 candidatas conseguiram conquistar uma cadeira no Poder Legislativo. O número representa o fim de uma tendência de queda registrada nas duas eleições anteriores. Após o recorde anterior, registrado em 2000 com a eleição de 7.001 vereadoras, a participação feminina caiu para 6555 eleitas em 2004 e 6512 em 2008. Mas o acréscimo tem sido pequeno e o país ainda continua muito longe da uniformidade de gênero na política (50%/50%). Fonte (Terra)
Segundo o professor e doutor em demografia José Eustáquio
Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, o aumento de
2012 poderia ser explicado pela mudança da política de cotas. A alteração de
apenas uma palavra na lei 12.034/2009 mudou a postura dos partidos políticos: "A alteração pode parecer pequena,
mas a mudança do verbo "reservar" para 'preencher' significou uma
mudança no sentido de forçar os partidos a dar maiores oportunidades para as
mulheres", afirma. "O ideal é que fosse garantida a paridade de
gênero (50% para cada sexo) nas listas de candidaturas, ou melhor, ainda nas
cadeiras do Legislativo. Mas, diante do baixo número de mulheres candidatas, a
mudança da lei em vigor já representou um avanço, mesmo que limitado."
Sob minha observação, a exclusão feminina da política é a
última fronteira a ser revertida!
Em primeiro lugar, devemos nos perguntar: por que a presença de mulheres
é tão pequena no poder? Normalmente a mulher tem um dom nato para delegar e
assumir as mais variadas funções tanto no trato familiar quanto social. Porém existe
um pensamento arraigado de que as mulheres não foram talhadas para a política.
Sabemos que as barreiras já começam em casa: grandes partes das mulheres
trabalham “fora” e quando chegam do trabalho ainda encaram uma longa jornada de
trabalhos domésticos. Aceitou indefinidamente a imposição do patriarca, da
igreja, da escola e demais instituições, restringindo-se ao papel de uma mãe
amorosa, só de cuidar com o coração e, com desprezo quase total da sua cabeça. Com
todas essas atribuições, fica a pergunta: como ter tempo de si ingressar na
política?
É chegada a hora de nos colocamos para analisar quais são as estruturas
sociais que impedem ou dificultam o acesso das mulheres aos cargos políticos e começarmos
a rever conceitos, porque afinal todos nós sabemos que embora a mulher seja a
maior responsável pelo desenvolvimento integral da criação, quase nada se ateve
a traçar, politicamente, as diretrizes dessa ação.
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