quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mulheres ganham espaço das eleições municipais de 2012, menos em João Monlevade.



Em 2012, ano que marca o aniversário dos 80 anos do direito de voto feminino no Brasil mais mulheres foram eleitas prefeitas no 1º turno. Foram 672 candidatas eleitas - um aumento de 33% na comparação com a eleição de 2008. No 1º turno das eleições daquele ano, foram eleitas 504 prefeitas, perfazendo 9,12% do total de candidatos às prefeituras no país. Na proporcional também ouve avanços, 7.648 candidatas conseguiram conquistar uma cadeira no Poder Legislativo. O número representa o fim de uma tendência de queda registrada nas duas eleições anteriores. Após o recorde anterior, registrado em 2000 com a eleição de 7.001 vereadoras, a participação feminina caiu para 6555 eleitas em 2004 e 6512 em 2008.  Mas o acréscimo tem sido pequeno e o país ainda continua muito longe da uniformidade de gênero na política (50%/50%). Fonte (Terra)
Segundo o professor e doutor em demografia José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, o aumento de 2012 poderia ser explicado pela mudança da política de cotas. A alteração de apenas uma palavra na lei 12.034/2009 mudou a postura dos partidos políticos: "A alteração pode parecer pequena, mas a mudança do verbo "reservar" para 'preencher' significou uma mudança no sentido de forçar os partidos a dar maiores oportunidades para as mulheres", afirma. "O ideal é que fosse garantida a paridade de gênero (50% para cada sexo) nas listas de candidaturas, ou melhor, ainda nas cadeiras do Legislativo. Mas, diante do baixo número de mulheres candidatas, a mudança da lei em vigor já representou um avanço, mesmo que limitado."
Sob minha observação, a exclusão feminina da política é a última fronteira a ser revertida!
Em primeiro lugar, devemos nos perguntar: por que a presença de mulheres é tão pequena no poder? Normalmente a mulher tem um dom nato para delegar e assumir as mais variadas funções tanto no trato familiar quanto social. Porém existe um pensamento arraigado de que as mulheres não foram talhadas para a política.
Sabemos que as barreiras já começam em casa: grandes partes das mulheres trabalham “fora” e quando chegam do trabalho ainda encaram uma longa jornada de trabalhos domésticos. Aceitou indefinidamente a imposição do patriarca, da igreja, da escola e demais instituições, restringindo-se ao papel de uma mãe amorosa, só de cuidar com o coração e, com desprezo quase total da sua cabeça. Com todas essas atribuições, fica a pergunta: como ter tempo de si ingressar na política?
É chegada a hora de nos colocamos para analisar quais são as estruturas sociais que impedem ou dificultam o acesso das mulheres aos cargos políticos e começarmos a rever conceitos, porque afinal todos nós sabemos que embora a mulher seja a maior responsável pelo desenvolvimento integral da criação, quase nada se ateve a traçar, politicamente, as diretrizes dessa ação.

 

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