quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Até quando tragédias movidas por rebites?!...

"Junto com o pagamento do frete dele vinha uma cartela de rebite (anfetamina usada como estimulante por motoristas para inibir o sono)... O meu cunhado chegava a dar cinco viagens, enquanto os outros davam três... Quando ele parava, dormia dois dias seguidos”, ouvi isto hoje de um conhecido meu que lia a manchete do Bom Dia falando sobre o acidente que ocorreu na BR 262,  próximo ao Prata. Que por sinal, assemelha-se com aquele que  ocorreu em São Paulo há aproximadamente uma semana atrás, onde uma carreta atropelou seis trabalhadores que faziam o recapeamento da pista norte da rodovia Anhanguera, no km 303, em Ribeirão Preto, onde  cinco morreram no local:http://eptv.globo.com/ribeiraopreto/noticias/NOT,2,2,369655,Motorista+admite+uso+de+rebite+e+e+preso+apos+cinco+mortes+Ribeirao+Preto.aspx
Não sei se o motorista da Cegonheira estava sob efeito da  droga, como o caso citado, mas uma coisa é certa: a pressão dos donos  de transportadoras sobre os caminhoneiros. O Brasil tem  milhões de caminhoneiros, e um terço deles pegam a estrada todos os dias tendo às mãos mais de 40 toneladas. Levam na carroceria 6% do Produto Interno Bruto do país, mas deixam no asfalto as marcas de uma tragédia expressa em números. Muitos dirigem  sob efeito de drogas lícitas ou ilícitas, recurso cada vez mais usado para fazer render a viagem para compensar o baixo preço do frete e o exíguo prazo de entrega. Como trecho é longo e o tempo escasso, eles acabam apelando para o rebite. Gostaria muito de saber se , aquele projeto de lei 2.660/96, do Executivo, que institui, para motoristas de caminhões e ônibus, o descanso mínimo de meia hora após cada quatro horas ao volante , já saiu do papel...

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