Vendo uma reportagem sobre o Sérgio Naya que morreu sem pagar o que
devia, lembrei-me de alguns caloteiros espalhados por Monlevade. Como trabalhei
em comércio falo com conhecimento de causa. Lembro-me de um fato ocorrido e
este merece destaque: Há oito anos atrás, estávamos eu, grávida de meu caçula,
meu marido e meu outro filho, que na época tinha 3 anos, dentro do nosso carro;
quando um veículo bateu na nossa traseira. Foi um susto tremendo, mas graças à
Deus, sem vítimas. Porém, a parte traseira de nosso carro ficou bem danificada.
O ocorrido foi na Avenida Wilson Alvarenga e o condutor do tal veículo dirigia
com um braço engessado. Quando meu marido foi abordá-lo verificou que havia uma
criança que chorava muito devido ao susto. Mesmo, relatando que havia saído do
clube da cerveja ás pressas para buscar a carteira que havia esquecido em
casa e distraiu-se ao volante, meu marido confiou no sujeito (que afirmou
que pagaria as despesas) e não chamou a polícia por causa do filho dele, que
tinha a mesma idade do nosso e estava descontrolado. Meu marido consertou o
carro e ligou várias vezes para o sujeito que ficou naquela de "vou passar
aí". Cansado, depois de seis meses de insistência, passou a incumbência a
mim. Liguei, a esposa atendeu e foi logo perguntando o assunto. Quando comecei
a relatar o ocorrido, a mesma começou a dar piti, alegando que estava grávida e
que poderia perder o filho. Como não tenho trava na língua retruquei: “Quando
seu marido bêbado e engessado bateu no nosso carro eu também estava grávida!”
Dei o caso por encerrado e ficamos no prejuízo. Mas nada como um dia atrás
do outro! Mentira tem perna curta! O que a mulher do sujeito não contava é que
eu a conhecia. Um ano se passou e por coincidência nossos filhos vieram a
estudar na mesma escola e eram colegas de sala. Numa reunião de pais, sentei ao
lado dela com meu bebê no colo e perguntei pelo dela. Tamanha foi minha
surpresa com a resposta: “O meu caçula é o que estuda com o seu filho, tenho outro,
mas é mais velho!”. Então indaguei: Mas você não estava grávida há um ano atrás?
“EU? Meu marido é vasectomizado.", respondeu a gargalhadas. E eu lógico
não me contive: Pois então sua mentirosa, no dia que o caloteiro e
irresponsável do seu marido bateu na traseira do nosso carro, eu sim, poderia
ter perdido o meu filho, este que está aqui no meu colo! A distinta se levantou
e até hoje se esquiva de mim!
2 comentários:
Você e eu estamos errados e ferrados, Eliane. Melhor esquecer estes pequenos detalhes que transformam um bicho irracional num ser humano. Como, por exemplo, cumprir a palavra empenhada e respeitar a construção do suor alheio. A moral dominante não é a nossa. Que Deus se apiede destas almas apodrecidas, que vivem do calote. Inclusive o financeiro...
Meu amigo, se eu for lhe contar a minha história debaixo de um pé de amoras...
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