quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Queda de braço na segurança pública!

Temos por hábito individualizar problemas. Às vezes, criticamos um ou outro profissional (normalmente na área pública) que não cumpre o seu papel, mas, a verdade que por detrás de um mau profissional há uma corporação inteira mal preparada e conduzida. Até onde eu sei, não são realizados testes psicológicos com os futuros funcionários, a fim de constatar improbidade para determinadas funções.

Tomemos como exemplo a nossa polícia. Não fazendo apologia aos criminosos, uma polícia que pratica a tortura como técnica de investigação e oprime a população é uma polícia mal formada por inteiro. E a culpa é do sistema, pois, o modelo utilizado na formação dos oficiais é baseado no abuso de autoridade e agressões, fruto de nossa herança do passado (escravidão do século 19), que faz com que pessoas da base da pirâmide social continuem sendo oprimidas, tratadas como cidadãos inferiores.

Outra falha é a divisão. No Brasil, diferentemente de vários países do mundo, são duas as polícias, a civil (de caráter jurídico) e a militar (de caráter preventivo), e cada uma tem uma função. A meu ver, uma divisão desnecessária, porque além dos gastos excessivos (tendo duas policiais, tudo é em dobro: o número de pessoas, o número de imóveis, o número de viaturas...), é sabido que não há uma “reciprocidade” entre elas. Ao contrário, ambas criticam a atuação uma da outra.
E mais uma vez, o próprio sistema contribui para esta falta de integração: se um policial civil quiser ser militar ele não pode simplesmente ser transferido. Vai ter que começar tudo de novo: fazer curso e concurso e Vice-versa. Resumindo, estão juntos e separados!

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