"Na união não há força, não há compromisso..."

Ontem tive a oportunidade de conhecer o pastor Juliano Lafavette. Fiquei admirada com a sua visão acerca das coisas. Dentre várias colocações durante o seu discurso uma frase chamou-me a atenção: "União é completamente diferente de Unidade. União é apenas um amontoado de coisas ou pessoas. Na união não há compromisso, não há uma consistência, não há não há força. Já unidade é algo mais profundo, é uma relação, uma ligação". 

A proposta de viver em unidade é um grande desafio para as pessoas. Ora, unidade é a qualidade ou estado de ser um, é algo que não pode ser dividido. E a vida em grupo ou em sociedade é refém dos encontros de interesses que quase sempre são diferentes, aumentando a distância entre as pessoas.

A nossa lógica é mergulhada nos interesses egoístas, nos valores distintos e nos múltiplos conflitos que comumente fazem parte da vida em sociedade. Talvez porque no fundo gostaríamos que as pessoas fossem moldadas à nossa imagem e semelhança.

A verdade é que não podemos mais nos atentar às diferenças existentes entre nós, uma vez que elas realmente existem e são gritantes. Quando começamos a viver, seja num núcleo, célula ou comunidade, nossas falhas começam a ficar mais evidentes. Se quisermos fazer unidade apenas quando as pessoas não apresentarem mais nenhum defeito, jamais a construiremos.
Por outro lado, não devemos anular nossas particularidades; somos diferentes, fomos feitos assim pelo próprio Deus. Somos diferentes em maturidade, em percepção, em conhecimento, em personalidade, etc. O desafio está em viver a unidade na diversidade!

Porque, para que consigamos mudar o mundo para melhor, mesmo sendo diversos, precisamos observar a grandeza do que nos une e colocar de lado tudo aquilo que nos separa.