Para "refrescar" a memória dos desavisados:
Você já deve ter percebido que a sua felicidade
depende também do bem estar de todos. Afinal de contas é impossível ser feliz
sabendo que tem gente passando fome, que famílias não têm onde morar, que
crianças esmolam nas ruas e que vários jovens sem qualquer perspectiva de
trabalho têm o crime como opção de sobrevivência.
Resolver problemas deste tipo deveria ser a
principal função do presidente da República, do governador do estado e também
do prefeito. Para cumprir estas tarefas, cada governante organiza uma equipe. O
presidente conta com ministros. O governador e os prefeitos contam com seus
secretários. Além disso, eles contam com os representantes do povo para tomar
decisões. O presidente conta com senadores e deputados federais. O governador
conta com os deputados estaduais. Os prefeitos contam com os vereadores. Esses
políticos são responsáveis pelas ações governamentais que interferem
diretamente nas nossas vidas.
O país vive momentos difíceis. Qualquer cidadão ao
olhar a sua volta é capaz de diagnosticar as nossas "doenças". Também
é capaz de indicar no mínimo, alguns "remédios". Somos todos
"doutores" do município em que vivemos. Por isso o prefeito e os
vereadores deveriam contar com a ajuda de todos os cidadãos para resolver os
problemas do nosso município. Juntos deveríamos decidir o que deve ser feito e
quanto dinheiro deve ser gasto em cada projeto da prefeitura. Alguns municípios
brasileiros já funcionam assim. Este tipo de administração é sempre mais
eficiente.
Tudo que a prefeitura faz (bem ou mal) faz com o
seu dinheiro, com o dinheiro do seu vizinho, do motorista do ônibus, do
porteiro, do patrão, de todo mundo. Todo mundo paga imposto. Alguns muito.
Alguns pouco. Alguns mais do que deveriam pagar. Alguns menos do que deveriam.
Mas todo mundo paga imposto. Até os miseráveis que não têm onde cair mortos
pagam imposto. Não acredita? Até quando se compra um pão se paga imposto. É
isso aí: o dinheiro que viabiliza as obras do presidente, do governador e do
prefeito é nosso. É de todo mundo. É público.
Por isto é que a população deve participar nas
diversas etapas da elaboração do orçamento, para ajudar a fazer com que o
dinheiro público do seu município seja bem aplicado, ou seja, que atenda da
melhor forma possível às necessidades da sua população.
O jornalista Barbosa Lima Sobrinho, que dedicou a
sua vida à justiça social, bem dizia "sem a participação do povo, do
contribuinte, do leitor, o dinheiro público será aplicado segundo critérios que
nem sempre representam as melhores soluções para os problemas da comunidade.
Participar é tão importante quanto votar. E é com a participação ativa que se
constrói a verdadeira democracia social".
Você pode e deve fiscalizar como o dinheiro público
do seu município, do Estado e do governo federal é usado. Afinal de contas, se
ele for mal aplicado isto pode significar menos escola, menos posto de saúde,
menos água encanada, menos esgoto e menos moradia. Também significa mais
violência, desemprego, doença e desesperança.
Trecho retirado da Cartilha do Orçamento de iniciativa do
falecido Betinho-Sociólogo e ativista dos direitos humanos no Brasil.
2 comentários:
Tudo falado é muito bonito. O que o jornalista Barbosa Lima descreveu sobre a participação popular, seria a coisa mais coerente a ser feita. Portanto Eliane, na prática é diferente. Nós como cidadãos não temos espaço para estarmos participando de nada no meio político. Nós só participamos (e mesmo assim, obrigados) é na eleição. Aqui em Monlevade nós temos vários exemplos atuais de que o povo não é convocado, convidado a participar de nada, e também, talvez por estar incrédulo, ele mesmo não quer participar desta sujeira que virou a política de João Monlevade. Veja bem, o orçamento participativo; acabou em pizza. O paraquedista Pastor Carlinhos, vai gastar 1,7 milhão para investir em seu conforto. O povo participou desta decisão? O povo foi consultado? Não. Só querem a participação do povo nas eleições. Depois viram a cara e não querem saber de nada. Simplesmente embolsar a grana e ponto.Fiscalizar o dinheiro público como? Isto é utopia. O cidadão não tem acesso a nada que os políticos fazem. O dinheiro está nas mãos deles. Não dão e nunca vão dar satisfação a ninguém. O patrimônio deles crescem, os carros são os melhores, as férias são em paraísos no exterior; e o povo não enxerga. Ainda vem blogueiro falar que votar é exercer a cidadania. Você viu a reportagem do fantástico? Um senador fica nada menos por 33 milhões por ano aqui no Brasil. Um prefeito de João Monlevade pelos 4 anos fica por R$720.000,00, quase um milhão, é muita grana!!!
Bem colocado! Mas as redes sociais têm conseguido mobilizar.Em João Monlevade, por exemplo, há pessoas interessantes, politizadas e determinadas dentro do "Grupo Eleições 2012" do FACE, dispostas a se organizarem...(e, diga-se de passagem, já estão começando a incomodar 'poderosos')! O caminho é este!Quando não há espaços, cria-se!
Abraços.
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