quinta-feira, 26 de abril de 2012

Novamente, a falta de plantonistas em Monlevade!

Parece que vivemos um problema crônico! A falta de médicos! A pediatria novamente ficou sem plantonista no hospital Margarida na semana passada...

Faltam médicos em todos os municípios, não só do estado, mas do país. Porém, um estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, ao contrário do que se pensa, não há escassez de médicos no Brasil. Os números indicam que o volume de profissionais da categoria cresceu, percentualmente, quase o dobro do que a população brasileira entre 2000 e 2009. Existem 188 cursos de medicina no País, que formam por ano aproximadamente 23 mil médicos.

No entanto, dados do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), do Ministério da Saúde, apontam que 1.228 municípios pediram ajuda ao órgão para atrair recém-formados. A intenção era preencher 7.193 vagas, mas só 1.460 médicos demonstraram interesse, ou seja, apenas 20%.
 
Parece que a falta de médicos seja um problema localizado motivado por múltiplos fatores: desigualdades regionais, vínculos precários de emprego, baixo salário, más condições de trabalho, falta de segurança, perseguições políticas, enfim.
 
O sistema de saúde deveria rever a assistência, individualizar as regiões e descentralizar os polos de saúde, do lado do médico, é preciso um plano de carreira, concurso público com remuneração justa, principalmente para as especialidades básicas: clinica médica, pediatria, ginecologia e cirurgia geral, uma vez que essas especialidades fazem uma diferença enorme para população do interior, por outro lado, como são as menos valorizadas atualmente, não são procuradas ou servem apenas como ponte para se fazer uma subespecialidade. A maioria dos médicos tem se especializado áreas de dermatologia ou cirurgia plástica que são mais rentáveis.
E enquanto isto, a população que precisa ser assistida pelos médicos, ainda que com plano de saúde, fica a mercê da própria sorte...

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