Sábado ao conduzir pela Avenida
Wilson Alvarenga, percebi que o condutor que trafegava à minha frente estava um
tanto quanto “perdido”. No meio da
pista, o mesmo sinalizava para direita e para a esquerda sucessivamente, porém
sem tomar nenhuma iniciativa. Cheguei a piscar os meus faróis no sentido de “situá-lo”,
uma vez que o mesmo havia me fechado por três vezes, mas, ele se quer percebeu...
Parecia estar procurando por alguém pela avenida. Ao parar paralelamente a ele
no sinal pude perceber que se tratava de um idoso.
Longe de ser preconceituosa, mas, todos nós sabemos à medida que envelhecemos, há naturalmente uma diminuição do potencial do cérebro.
Longe de ser preconceituosa, mas, todos nós sabemos à medida que envelhecemos, há naturalmente uma diminuição do potencial do cérebro.
Sabe-se também que com o
envelhecimento, até os guias mais habilidosos sofrem com o declínio das
habilidades senso-motoras, que tem impacto em todas as atividades
desempenhadas, dentre elas o dirigir. Um idoso no volante não tem o mesmo tempo
de reação, a mesma concentração ou visão noturna e periférica de quando era um
jovem motorista.
Os problemas de saúde que
acompanham os idosos, também podem contribuir para o mau desempenho deles ao
volante. De acordo com dados da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), a hipertensão e os problemas na
visão, nas articulações e na musculatura podem fazer com que o idoso tenha de
reduzir o uso do carro ou até deixar de dirigir.
Também sabemos que deixar de
dirigir em função da idade tem um impacto sempre significativo na vida de das
pessoas, mesmo daqueles dirigem de vez em quando. Muitos acreditam que o fato é
uma limitação da liberdade ou um tipo de atestado de invalidez.
No nosso Código de trânsito não consta uma idade
limite para parar de dirigir, mas a partir dos 65, os exames se tornam periódicos,
justamente pelo fato de que, mesmo sendo mais cauteloso, a taxa de mortalidade
entre idosos que sofrem acidentes é mais alta do que a de jovens, pelo fato de
terem menos reservas de osso, sangue, por complicações na recuperação e doenças
decorrentes.
Não estou
querendo fazer apologia à juventude, inclusive, a meu ver, os idosos possuem um
comportamento mais educado em relação aos jovens e quase sempre praticam a
direção defensiva. Porém, quero chamar a atenção dos mesmos quanto às limitações
naturais. Meu pai, por exemplo, na casa dos 70, é um ótimo motorista, mas não
gosta de dirigir a noite, justamente por reconhecer os seus limites.
O
importante é aceitar e reconhecer o momento de parar.
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